Desde 2002, celebra-se em 23 de abril o Dia Nacional da Educação de Surdos como uma forma de lembrar a luta da comunidade surda pela garantia de acesso à educação de qualidade em condições iguais às demais pessoas. Ao longo dos anos, ocorreram várias mudanças relacionadas à inclusão escolar de pessoas surdas, que serão exploradas neste artigo, juntamente com fatos e curiosidades sobre o tema.
História da educação de surdos no Brasil:
O Instituto Nacional de Educação de Surdos foi fundado no Rio de Janeiro em 1856, tornando-se a primeira escola para surdos no Brasil. Até a década de 1990, o método predominante de ensino era o “oralismo”, que ensinava a língua portuguesa por via oral. O surgimento do Movimento Surdo durante a década de 1980 promoveu a valorização da Língua de Sinais como meio de comunicação da comunidade surda.
Leis e regulamentações:
Em 2002, a Lei de Libras (Lei n.º 10.436) reconheceu a Língua Brasileira de Sinais como língua oficial no Brasil. Três anos depois, em 2005, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (Lei n.º 13.146) garantiu educação inclusiva e de qualidade para alunos com deficiência, incluindo surdos. Já em 2014, a Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146) reforçou a garantia do direito à educação inclusiva e a proibição da discriminação baseada na deficiência.
Mudanças na inclusão escolar de surdos:
Ao longo dos anos, a inclusão escolar de surdos tem passado por mudanças significativas. Uma das principais mudanças foi o reconhecimento da língua de sinais como uma língua oficial no Brasil, garantindo assim o direito dos surdos a utilizá-la.
Isso representa uma valorização da cultura surda e reconhece a importância da língua de sinais na comunicação e na educação dos surdos. A abordagem bilíngue no ensino de surdos, que inclui a língua de sinais e português escrita como línguas complementares, é outra mudança significativa.
Lei de Libras:
É importante destacar que, conforme a Lei de Libras, a utilização da língua de sinais não exclui a necessidade de aprender a língua portuguesa escrita.
Além disso, há uma maior preocupação em garantir a acessibilidade na educação de surdos. Escolas inclusivas passaram a oferecer recursos para a comunicação, como a presença de intérpretes de língua de sinais e recursos tecnológicos como legendas e tradutores eletrônicos. Há também um aumento do número de escolas bilíngues, que atendem especificamente estudantes surdos.
Por fim, é importante mencionar as mudanças em relação à formação de professores para a educação de surdos. Atualmente, há cursos de formação específicos para professores que desejam trabalhar com estudantes surdos, o que antes não era comum.
Considerações Finais:
O Dia Nacional da Educação de Surdos nos lembra da importância de garantir a inclusão escolar e cultural dos surdos. Mudanças significativas na educação de surdos incluem o reconhecimento da língua de sinais, a abordagem bilíngue, a acessibilidade e a formação de professores. No entanto, para garantir a plena inclusão dos surdos na sociedade. É preciso continuar lutando para que a educação inclusiva seja uma realidade para todos.
Veja também Currículo Adaptado: Promovendo a Inclusão Escolar.